sábado, 31 de julho de 2010

Correr faz bem pra cabeça

Minha sala de troféus é vazia, mas as paredes não.


Está resolvido, toda maratona concluída vai virar quadro.

Em forma de quebra-cabeça, para malhar os neurônios também.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Numb3rs II

Segunda temporada da série Numb3rs, dessa vez com os números referentes a minha participação na Maratona do Rio.

6 semanas de treinamento;
158 km percorridos;
1 kg mais magro;
2 treinos de corrida, em média, na semana;
2 sessões de spinning semanais (substituiram tiros e intervalados);
4 foi o maior e 2 o menor, treinos de corrida na semana;
50 km foi a maior rodagem semanal;
11 km foi a menor rodagem semanal;
26 km foi a média semanal;
22 km foi o treino mais longo;
2 km foi o treino mais curto;
4:50:56 foi o tempo de conclusão da maratona;

Os baixos números se justificam:

1) Base de treinamento aproveitada da maratona de Porto Alegre, há 2 meses atrás.
2) Tese comprovada (no meu caso) de que após a primeira maratona, a preparação para a segunda não é levada tão a sério.

Dessa vez, a frase de caminhão vem do meu camarada Nereu: "O que mata o homem é o excesso de confiança".

sábado, 24 de julho de 2010

Trabalho de Equipe

Ao ler o excelente relato da Maratona do RJ pelo CBO Miguel Delegado, lembrei de uma cena que passou em branco nas minhas anotações.

Quase na saída do túnel que liga Botafogo ao Aterro, bem ali onde já se vê 'a luz', sinto o cheiro delicioso de biofenac no ar. Uma alma boa passava em suas pernas, e ao ver meus olhos de pidão, estendeu as sua mãos me oferecendo o bálsamo em spray, antes mesmo do meu pedido.

Trata-se do homem de ferro, André Ribeiro. Muito obrigado cara!!!! Bom saber de sua simpatia Baleias e que já é dos nossos! Grande abraço.

Foto gentilmente roubada do blog Baleias
André, Miguel e Tinil, o Baleia-piaba (alcunha by Júlio Pessoa)

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Maratona do Rio de Janeiro

A pergunta que não se cala: "por que você faz isso?"

Corrida é sempre uma festa, e maratona então é festa de arromba, em todos os sentidos. Cercado de amigos que jamais iria conhecer se não fossem as corridas de rua, partimos para mais um mítico 42km. Dessa vez tendo o prazer de recepcionar na casa de meus pais, o popstar do vale do Paraíba, Fábio Namiuti. Detalhes da véspera ficam por conta do seu primoroso e detalhista relato. O único adendo a fazer (olha que ele esqueceu de algo), seria mencionar a canção do Ramones, somebody put something in my drink, em alusão ao sono profundo do rapaz. Parece que o carboload foi mesmo radical...

Consegui dormir direto até às 3:30, e observando a falta de movimentação no quarto vizinho, tive que recorrer à alvorada, e por pouco, ao uso de técnicas militares. Tudo em ordem, farnel pronto (quem consegue comer algo às 4 da manha?), rumamos ao RJ para encontrar Leo Hacidume e Gian e partir ao distante Recreio dos Bandeirantes para a largada. Satisfação encontrar pela madrugada, ao embarcar no busão, Ivo Cantor e sua esposa Marly. Um ode aqui para Marly, pois acompanhar doideira de corredor pelas cinco da matina, é muito desprendimento e amor mesmo. Será que algum dia Verônica faz isso?? Sei não...

O busão chegava a Campo Grande, quiçá São Paulo, mas o Recreio não chegava. O bordão digno de nota, e que vai para os anais dos registros de corridas de rua, foi a tirada do Leo em relação ao pace a ser adotado. Em homenagem ao falecimento do papai papudo, iríamos no pace de cinco e sessenta, quase seis.

Antes da largada, encontramos muitos amigos. Conheci os Baleias Wu e Ênio, re-encontrei Tinil, Silvio e Miguel Delgado (como sempre chegando atrasado), bom rever a turma de Pernambuco, Júlio, Paulo Picanha, Ésio e as meninas guerreiras. Fotos, conversada fiada e hora de alinhar, pois estamos aqui para correr.

Na muvuca que se forma, finalmente conheci o @colucci, o rei das promoções do twitter, cara gente fina demais e VIP. Satisfação encontrá-lo cara.

Largada pontual, passo no pórtico e o GPS ainda não sincronizado seria um aviso que essa seria melhor correr no estilo for free. Nas palavras do Ivo, esse início seria a volta de apresentação, eram 1,5 km para o lado oposto à barra, voltando a passar pelo pórtico da largada, completando 3km (melhor fazer a volta no início a fazê-la no aterro né)? Nessa volta de apresentação, me ultrapassam Guilherme Maio e os inseparáveis (quase siameses) companheiros e colegas de equipe Wu e Miguel. O segundo já faz gracinha mandando que eu ajuste o parceiro virtual, estava com apetite.

Esse trecho inicial no Recreio é bem monótono (retão), porém bonito demais, com o mar a direita e a reserva na esquerda. Pelo km 10 sou ultrapassado pelo amigo Lino, e como a bexiga estava pesada demais, não deu para acompanhá-lo. Logo após, entrei num dos muitos quiosques para esvaziá-la. Mais leve, espero o Namiuti que estava na cola e seguimos quase juntos rumo à Barra.

Logo ali na frente, no km 12, começa o meu martírio...recebo uma pontada na barriga fatal, do tipo pare agora. Era o number two acumulado da noite anterior dando as caras. Enganei-o momentâneamente, e passado o susto, apertei o passo para aproveitar a trégua, pois o perigo era iminente. No km 15, posto de gel, recebo o de chocolate, olho para o staff e falo: tá de sacanagem né? Me arruma um de banana! No km 18, outra pontada, novamente ludibriada. Conhecedor do meu organismo, se deixasse vir a terceira, seria 'faca na caveira'. Encontro o companheiro de equipe e estreiante nos 42k, Valdomiro, que vinha muito bem e curtindo muito tudo aquilo. Fui com ele até os 21k, emparelhamos com Paulo Picanha, que me dá a visão do paraíso (mais tarde inferno). Ele diz: vejo ali na frente alguns banheiros químicos. Não tinha o que pensar, era entrar. Seta para os boxes para parada emergencial. No primeiro, impossível permanecer! No segundo, idem, no terceiro, veio a idéia genial de entrar num box de mulher (se tivesse papel seria excelente)! Larguei o lastro, e uma alma caridosa havia deixado seu estoque pessoal de papel jogado por ali no chão, foi a salvação. Perdi bons minutos ali.

Retomo bem leve, mas a pretenção de ir a caça do Miguel foi pro saco, era agora curtir para completar bem a prova. Na subida do Joá, entrando no primeiro túnel, encontro novamente o Valdomiro, e em seguida, a Lana Gomes se aproxima de nós, perguntando se somos de BH. Maior coincidência encontrá-la no trecho mais agradável do percurso, na minha opinião. Seguimos juntos até São Conrado e foi muito bom correr na sua companhia Lana.

Novamente encontro o Paulo, e o Namiuti encosta, vamos juntos até a subida da Niemeyer. Bonito de ver como o Japonês encarou-a, não pude seguí-lo pois saberia que ela cobraria o preço lá em baixo...primeira caminhada. Mando um gel que desceu quadrado. Mais um trecho bem apreciado, chega-se a orla do Leblon e Ipanema, mas eu só ficava mapeando banheiros...por sorte, a orla tem quiosques para esses fins, a um real. Vencido Ipanema, no arpoador encontro o fotógrafo Pinguim que tira uma bela foto minha, com a pedra da gávea e o dois irmãos ao fundo. Copacabana é meu algoz, e dessa vez não foi diferente. Caminhei em alguns momentos, respirando fundo, para vencer o mal-estar intestinal novamente. Até que dessa vez, o hotel chegou rápido, faltava muito pouco agora. Mais dois túneis e o aterro estava no papo. Ali, em frente a sede do Botafogo, um anônimo me oferece uma cocada, como diz o brocado: "o que é um peido para quem está cagado"? Mandei a glicose, e imaginava o final apoteótico. Sou ultrapassado pelo Picanha, e vou na sua cola...mais a frente encontramos o Wu caminhando. Como diz Miguel Delgado, como é bom passar por um amigo caminhando...mas dessa vez não o fiz, seria humilhação demais o Wu perder para o Miguel e para mim. Vamos juntos nos dois últimos quilômetros, alternando caminhada e trote. Precisam ver o brilho nos olhos do Picanha quando falei: segue que essa é sua, vou com o Wu.

Ali na frente encontramos Paulo Massa, de bike, rebocando os conhecidos. Valeu pelo apoio grande amigo! Se estivermos juntos em sua estréia, com certeza, retribuiremos a gentileza.

Já visualizamos o pórtico de chegada, a galera grita vai Baleias!! Vamos de cabeça erguida, língua dentro da boca, saudando a todos, como manda o figurino e a técnica do urubu do Ivo. Por falar nele, recebemos um super incentivo dele e da sua esposa na reta final, valeu amigão!

Para fechar o grande baile, a família pertinho da chegada, todos ali vibrando com a chegada, isso não tem coisa melhor. Pego a Júlia, e cruzamos o pórtico juntos como ilustra o vídeo da chegada. Tempo líquido oficial 4:50:56


Sou recepcionado por Yara Achôa, que tira uma linda foto nossa, com o Branca fazendo cara de mal. Até que enfim conheci a Yara pessoalmente, que fez uma linda meia, cravando um RPM sub-2h. Parabéns!! Medalha bonita, kit razoável e organização impecável! Parabéns a Spiridon pela excelente corrida.


Encontro com amigos Baleias, parabenizo o Miguel pelo chocolate, perdi em casa... Wu é sério candidato a virar 'Freguês de Caderno' do Miguel. Três derrotas seguidas dá direito ao título. Picanha empatou o placar. Namiuti e G.Maio também, devolveram a derrota de PoA com estilo, parabéns pela excelente prova amigos.

Respondendo a pergunta inicial, que foi feita pela Verônica, quando voltávamos de carro para Niterói, eu todo doído e ainda dirigindo: "Não sei...um dia, quem sabe,você completa uma maratona, ai tenta me explicar".

E a próxima, quando e onde será??

domingo, 11 de julho de 2010

Empatados no Virtual

Conforme o opúsculo OBT, Orientações Baleias de Treinamento, o último longão antes de maratona pode ser (Baleias não seguem regras estritamente) de 22km. Assim o fiz, fiel a magistral obra.

Repetindo a audácia, coloquei novamente Miguel Delgado para correr comigo no Garmin, mantendo o pace anterior de 6:40 min/km para ele.

Dessa vez não tive pernas para seguí-lo e perdi feio (será um Déjà Vu?). 1X1 no virtual.

Aguardem a disputa real no próximo domingo. Quem for correr a maratona do RJ ou a meia, deixa um recado ai.

Boa semana a todos.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Abandonei as competições

Oficialmente, não faço mais parte da categoria mais competitiva das corridas de rua. Abandono a faixa 30-34 no dia de hoje. Pelo menos uma vantagem em ficar velho deve existir.

domingo, 4 de julho de 2010

Superação Total

Me superei totalmente. Ontem cabulei mais um treino longo em virtude dos jogos da copa. Adiei para hoje, e cabulei novamente. Então de onde veio a história de superação?

Ontem, ao visitar um conhecido no hospital, ao passar pela ala que conduz aos quartos, deparo com uma rampa muito interessante. Nem pensei duas vezes. Olhei para trás, nenhum médico ou enfermeiro nem ninguém...subi no pique total, fazendo um tiro.

Cheguei ao quarto para a visita rindo sozinho dessa doideira. A superação dessa vez foi a vaga para concorrer ao prêmio do "sem noção" do ano. Preciso procurar um psiquiatra urgente.  Dr. Ésio, me diga ai que isso é normal pelo amor de Deus.